Londres, a história contada pelo Tamisa em pedra e vidro
A partir de Westminster, seguindo o curso do Tamisa para leste, o horizonte de Londres desenrola-se como uma partitura onde a pedra vitoriana se mistura com o aço e o vidro contemporâneos. Vemos o Parlamento e a sua torre do relógio, enquanto a roda do London Eye gira suavemente na margem sul e o perfil nítido do The Shard se ergue no horizonte. O reflexo das pontes e torres sobre o rio acrescenta profundidade à cena, e a sucessão de marcos históricos e modernos conta a história da capital.
História e design
Abordamos a evolução da linha do horizonte de Londres como uma sequência linear ancorada pelo rio, onde as estruturas góticas e normandas primitivas coexistem com arranha-céus de alta tecnologia. O núcleo medieval de Westminster e a City caracterizam-se por edifícios baixos e parcelas irregulares; o Tamisa actua como um eixo organizador de pontes, torres e visuais. Detectamos um padrão de densificação a leste: do Big Ben e do London Eye ao The Shard e ao aglomerado da City, onde estruturas como o 30 St Mary Axe e o 22 Bishopsgate introduzem uma verticalidade biomimética e aerodinâmica.
O processo criativo
Começámos a nossa composição visual a partir do nível da água, calibrando a secção longitudinal do Tamisa de modo a que os pontos de referência se seguissem uns aos outros numa cadência legível. Decidimos fazer do rio o protagonista, deixando que os seus reflexos ligassem as estruturas de Westminster às torres da cidade. Avaliámos a interação dos materiais - calcário, tijolo, aço e vidro - e a forma como a sua interação com a luz da noite gerava mudanças de tonalidade que tinham de ser integradas na narrativa. Utilizando estes critérios, conseguimos uma representação fluida que mostra a linha do horizonte de Londres como uma história contínua de engenharia e simbolismo.
Os edifícios ao longo do percurso
Selecionámos estes marcos arquitectónicos porque encapsulam a essência de Londres e marcam a transição do passado para o presente. O Big Ben, o London Eye, o The Shard, a Tower Bridge, a Tower of London e o 30 St Mary Axe formam uma sequência em que cada peça guia o olhar e define um marco simbólico da linha do horizonte da cidade.
